Vejo rastros de luz. Linhas, sinais, raios no céu. Eles vem
através de nós, se entranhando na gente, passando eu pra você e você pra mim;
fincando os frutos dessa conexão inegável e, simultaneamente, fazendo-os dançar. E os nossos pedaços vão caindo pelo
chão, voando pelo ar. Gotas de mim e de você, partículas, matéria. Elas vem se
misturando e transformando-se pela influência do externo; do outro; de nós,
juntos. As gotas, os pelos, os suspiros. Eles vem caindo, dançando, bem
suavemente. E tudo acaba numa eterna troca, que na verdade não acaba nunca.
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