Falar ou não falar? Começo a digitar e apago todas as palavras antes de enviar, repetidamente. Não é medo não, é cansaço, fraqueza. Tem tanta coisa que eu queria te dizer, mas vale a pena? Vale a pena remoer essa historia pra tentar te fazer acreditar em coisas que provavelmente você não vai acreditar, que o seu orgulho não vai deixar?
Há quem diga que o importante é tentar e eu, de fato, sei que as pessoas costumam se arrepender mais do que deixam de fazem do que propriamente do que fazem. Mas será que tentar é mesmo o que importa? Será que é sempre assim? Eu acho que ás vezes tentar só piora. Sabe... há momentos na vida que você fica na posição de malvada e ponto. Quem nunca passou por isso?
No meu caso, com você, a "vítima" - se que que existe uma - da relação sempre fui eu. Você que sempre teve muitas dúvidas, muitos poréns..
Honestamente, não é pra me defender, mas acho que um erro não devia apagar todos os acertos da pessoa.
As pessoas erram, são humanas. E isso sempre foi o que eu usei pra "perdoar" as suas mancadas. Mas você não fez o mesmo.
Bem, nossa relação já estava fadada ao fracasso depois do tempo que passamos separados.. Acho que da sua parte, era mais fogo de palha, do tipo que não sobrevive ao tempo... Mas isso acontece, não te culpo, nós, humanos, vivemos nos enganando a respeito dos nossos sentimentos.
Só gostaria que você tivesse me dito isso, na época.
Não sei se eu estou sendo injusta, mas acho que ás vezes parece que os homens se acomodam mais nos relacionamentos do que as mulheres. Mesmo quando vai mal, a mulher que tende a pôr um ponto final - pelo menos nos meus casos e nos de meus amigos.
Se você está num relacionamento com uma mulher legal, que não te controla e que faz tudo pra você, pra que jogar isso fora?
Realmente, o pensamento parece sensato, mas as mulheres, normalmente romântica que só elas, querem mais ROMANCE, mais ARREPIO, mais SURPRESA, MAIS, MAIS, MAIS!
Bem, a questão é que, no nosso caso, você queria tudo: eu e todo o resto!
Tive que cortar.
E você, não apagou meu erro, guardou, exaltou, quis me fazer ficar mal e no início conseguiu. Mas depois chameu meu lado sensato pra um papo sincero e percebi que não era pra tanto... que ressentimentos, no âmago, todos nós temos, mas que ficar externalizando isso ás vezes é demais!
E por que eu estou falando isso, depois de tanto tempo? Porque sinto falta de você... de falar com você; de responder ao seu sorriso com o meu, passando rápido pelo corredor; das suas piadas sem graças, mas que fazem todo mundo rir... e de todo o resto!
Mas... também guardo ressentimento! Queria jogar todos os ressentimentos e os pesos que ainda existirem da gente aqui, me livrar!
Penso se eu devia falar tudo isso pra você, mas acho que não, colocar isso no papel já é o meu máximo. Ás vezes, é melhor deixar pra lá.
Aos poucos, as mágoas se perdem no olhar dos outros, se dissipam enquanto o olhar indiferente - ou aparentemente indiferente, com um pingo de sei lá o que, de um mixto de sentimentos que já passaram, mas dos quais você não esqueceu - as substitui!
É... Confesso que eu pensei em apagar as letras digitadas aqui mais um vez, mas dessa vez eu enviei!
Falei, passou, é isso.
Another interesting poem, in your new prose-poem style. I first want to ask a question, me being nosey... is this written to the same person as the other poem (the poet)? I have a feeling that it is not. I am terrible, I always want to know for whom the poem is written. Like the last one, this is something very personal, a letter written (but not sent, not read?) to an ex. Despite being personal it is also very universal, reflecting on the ups and downs of relationships. (Actually I am not sure whether I agree with you about your men and women and relationships, ha ha ha... in part I do, but I think when a woman has a family she will fight more to preserve it and her relationship, but in general I think men are more accepting, while women try to build a relationship..) Back to the poem, a bit like the other one, it seems to be written looking backward in time, from a point where all former hurts have been overcome, not forgotten, but they don't burn like they used to. You seem to be trying to overcome them, to redeem something from it, but at the same time you have moved one, and are happy, happy and free and knowing what you are looking for (mais, mais, mais, :-)
ResponderExcluirAll in all, I really liked it. Hopefully you will write some more soon...
Keep writing
I am sitting in Cultura alone - minha aluna me deu bolo - so I am going to write a comment to help pass the time :-)
ResponderExcluirThe other night I sent a link to your facebook about a poetry school on your road. I know nothing about it, just came across it and was intrigued cause of the address. However, after sending it to you I read some of the poetry of the woman who runs it (which someone had recommended on FB). It made me think of something about your poetry - and poetry in general - that has been on my mind for a long time. This woman´s poetry was not bad, however, it did nothign for me. It left me cold, you understand? Technically it was probably good, but to me it lacked somethign, feeling, passion, soul.... This may sound silly, but to me that is the core of good poetry. There is an Irish poet at the moment who is very popular, Seamus Heany. He won the noble for literature about 10 years ago, loads of people love his poems, but to be honest, I read them and an unimpressed, they don´t touch me. Who am I to criticize a world famous poet? But that is the way I feel. With your poetry it is the opposite... it really touches me, it feels full of soul, passion, feeling. Your writing really comes from the heart, from your feelings, it is not something that is merely technical, written just to sound good. I beleive in what you write, when you say you are sad, I can feel the pain, the same when you are happy and other feelings. This is an amazing ability you have and it is at the core of your poetry (I think...) Anyway, I have probably written too much and I hope it is understandable (sitting alone in cultura is not good for the brain, ha ha hah). But keep this passion and soul in your poems,always!!!
By random I chose this poem to comment on - and its funny but the last comment I wrote here was in Cultura when the same student me deu bolo!!! Last night I put a music video on your fb, I was thinking this morning about other songs I would like to show you, and something occured to me. Your poetry really reminds me of Leonard Cohen. I have mentioned before about a musicality in your poems. Cohen is the same. He was a poet before he became a musician. Many of his songs are poems. He has published a few books of poetry (I gave you one once). Your poetry reminds me of him - and that is a complement. You both write very personal stuff, very daring and open, and often there is a sadness in what you both write (not musica de cotovelo, a better type of sadness). I could recommend lots of songs of his (Suzanne, Famous Blue Raincoat... both of which are songs, stories and poems). Here are two videos, one with my favourite song of his Chelsea Hotel - I really love the second verse - and another with someone else singing a song of his. Listen, enjoy and hopefully feel happy that I am comparing you!!
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=pGfgMYfdBFc
http://www.youtube.com/watch?v=KnQO29AUSIY