terça-feira, 30 de agosto de 2011

mas não sei, mas não posso...

meus braços anseiam
por te abraçar
meus lábios anseiam
por te beijar

meus ouvidos,
por te escutar
meu amor
meu amor
meu amor
quero dizer

aqui é tão difícil
viver sem ti
aqui é tão difícil
tentar te esquecer

ai, que dor
meu amor
e tu nem sabes
nem imaginas...
desconheces essa minha mania de ti

com água na boca,
com o peito apertado de saudades,
visto fantasias
me dobro e desdobro
busco te surpreender
todos os dias
mais e mais
mais e mais
pas suffit

mas tu
tão distraído
nem percebes
o quanto me dói
essa tua aparente indiferença..

e se?
se eu soubesse
te decifrar
tão bem como você sabe,
tão bem como faz?

se eu pudesse
te conquistar
assim, sem nem tentar,
assim, só deixando rolar, deixando estar?

mas não sei, mas não posso
por isso, desisto, amor..
agora
deixemos pra lá
porque não sirvo pra ser tua

um pedaço de mim ficou aí,
mas eu preciso seguir
sem olhar pra trás
vou por aí,
a caminhar,
tentando me encontrar
vou seguir minha estrela
e ver no que vai dar

2 comentários:

  1. So many new poems, after so long.. you are spoiling me. But at the same time it is very interesting to read them all, and to look for some common themes. Confessional, you always open your heart, love - this always appears -, desire, but also more 'negative' emtions, saudade, missing someone, loss. But when you put all this together in a poem, it is something beautiful, open and dangerous in a way. You open yourself, talking about loves, attractions and losses - and there is an undercurrent restlessness (and maybe lonlieness??) or alienation, a pain, a dor, which can only be eased with poetry...
    Keep writing and keep fighting with life!

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  2. Estava (não, estou) com saudade de você e suas poemas (and I have to admit feeling a little battered and bruised by recent events in my life). So I have turned to your poems.. just looking at them quickly, I have slept almost nothing the last few nights.. in search of inspiration and found it is this poem. It is funny, I often find myself in your poems. I feel they speak to me. I beleive (I hope I am in some), but others speak to me.. like this one did. It should really not, it is a poem about a love that didnt work out, maybe an unrequitted love (though I know a lot about that). Interesting things, but not what is on my mind now, when suddently I love at the last verse, and that is exactly what I needed to read now... it is like your poem, or you yourself, reached out a hand to me..vou seguir minha estrela
    e ver no que vai dar
    I have told you before, and I will again, you have a great ability to open up yourself, you desires, feelings, your pain, but to do this in a universal way... this is the mark of a special poet. Keep writing, and write something new. And by the way, estou com muito saudade.. :-) (Ha ha ha I know you are busy, hopefully we'll talk soon)

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